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Portal de Foz
25 de jun. de 2025
Informativo
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O Corpo de Bombeiros do Paraná está treinando a cadela Frida, da raça pastor alemão, para atuar como um reforço em operações de busca e salvamento no oeste e sudoeste do estado.
Atualmente com sete meses, ela será a única em atuação nessas regiões e primeira na cidade de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado.
O animal deve começar a trabalhar em casos de desaparecimentos urbanos e em áreas de mata, podendo ser utilizado ainda na busca de pessoas com problemas de saúde, trilheiros perdidos ou vítimas de desabamentos.
Segundo a corporação, ela estará pronta para entrar em ação após completar um ano e meio de idade e passar por uma prova de certificação que inclui testes de obediência e busca.
Atualmente, segundo a corporação, cinco municípios no Paraná possuem cães de busca ativos. São eles: Curitiba, Londrina, Cianorte, Telêmaco Borba e Santo Antônio da Platina.
No oeste e sudoeste, onde ficam cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Francisco Beltrão, não há cães em operação.
Segundo o cabo Hiago Felipe Zanchet, responsável pelo treinamento da cadela, a criação de um novo binômio (parceria entre cão e condutor) surgiu da necessidade operacional. Até então, em casos de desaparecimento, o atendimento depende do deslocamento de equipes de outras regiões, o que leva pelo menos um dia para chegar ao local.
A oportunidade para o treinamento de cães para a corporação começou em 2023, quando o cabo Zanchet fez um curso de formação de condutores de cachorros de busca com o Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), em Curitiba, onde fica o canil central da corporação. Pouco depois, surgiu a oportunidade de adotar a Frida, doada por um policial militar.
Desde então, a cadela vem sendo treinada diariamente.
O treinamento de Frida inclui técnicas de obediência básica e busca direcionada, utilizando técnicas como o "venteio", que usa o faro para localizar vítimas. A ideia é que a cadela associe o ato de encontrar pessoas a uma experiência positiva.
O vínculo entre condutor e cão, segundo Zanchet, é o principal pilar para o sucesso nas operações.
“Ela fica comigo no quartel e também em casa. Saímos juntos, viajamos juntos. Quanto mais tempo juntos, maior o vínculo e melhor a resposta dela em campo”, completa.
A cadela ainda passará por certificações nacionais para validar sua atuação em operações oficiais. Isso só poderá acontecer quando ela completar um ano e meio de idade. Até lá, Frida seguirá em treinamentos e estágio supervisionado com outras equipes do estado.