Polícia Civil do Paraná orienta população sobre golpe do falso advogado

Polícia Civil do Paraná orienta população sobre golpe do falso advogado

Neste esquema que tem se tornado comum em todo o Brasil, criminosos se passam por advogado para solicitar pagamentos indevidos.

Neste esquema que tem se tornado comum em todo o Brasil, criminosos se passam por advogado para solicitar pagamentos indevidos.

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Portal de Foz

3 de abr. de 2025

Segurança Pública

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(Foto: Fábio Dias/EPR)

(Foto: Fábio Dias/EPR)

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou nesta quinta-feira (3) orientações para clientes e profissionais da advocacia sobre como identificar e se proteger do golpe do falso advogado. Neste esquema, que tem se tornado comum em todo o Brasil, criminosos se passam por advogados ou funcionários de escritórios para solicitar pagamentos indevidos utilizando dados reais e técnicas de persuasão sofisticadas.

A PCPR orienta que o primeiro sinal de alerta para clientes de escritórios de advocacia é a solicitação de valores para liberar indenizações ou resolver pendências processuais, pois a Justiça não realiza cobranças para “liberar valores”.

“Nesses casos, a vítima pode entrar de imediato em contato com o seu advogado. Ligue ou vá até o escritório para verificar a procedência das informações que foram passadas por aplicativo de mensagens”, aconselha o delegado Tiago Dantas.

Outro indício que deve ser levado em conta são as mensagens com tom de urgência e imediatismo. Os criminosos usam esta técnica para que a vítima se sinta pressionada e não verifique por completo todas as informações. A PCPR recomenda que os dados do advogado sejam consultados no site da OAB-PR antes que sejam fornecidos quaisquer tipos de dados pessoais ou realizados pagamentos.

Segundo Dantas, em caso de suspeita de fraude, o cliente deve denunciar o número no aplicativo de mensagem e bloquear o contato, pois isso ajuda a impedir que o criminoso siga fazendo outras vítimas.

PROFISSIONAIS – Para os profissionais da advocacia, o monitoramento constante da internet e das redes sociais é fundamental para evitar que os golpistas usem suas identidades. A orientação direcionada aos clientes sobre solicitações de pagamentos e depósitos também é um ponto importante para que eles estejam atentos em casos de tentativas de golpe.

A Polícia Civil recomenda que advogados e escritórios utilizem e-mails institucionais e telefones fixos para dificultar a ação de golpistas. As assinaturas digitais e autenticação em duas etapas também são fatores que ajudam a aumentar a segurança no ambiente online.

JÁ FUI VÍTIMA – Para clientes e profissionais, a primeira orientação é o registro do Boletim de Ocorrência. Esse procedimento pode ser feito na delegacia mais próxima ou pelo site da PCPR. “Caso o cliente seja vítima do golpe, também é preciso comunicar ao advogado imediatamente para que ele fique ciente do ocorrido”, alerta o delegado.

Ele ainda orienta que, para auxiliar na investigação, é essencial apresentar documentos que comprovem a prática do crime, como prints de mensagens trocadas com o golpista e da tela contendo os dados do número telefônico do criminoso, cópias de documentos de processos judiciais (fictícios ou não) que o golpista tenha enviado e comprovantes de pagamento.

O estelionato é um crime condicionado à representação da vítima. Isso significa que a própria pessoa que sofreu o golpe deve comunicar a ocorrência à autoridade policial e manifestar interesse na investigação e apuração do crime após o registro do Boletim de Ocorrência.

Fonte: AEN